terça-feira, 11 de junho de 2013

Exportar é a única saída!


Com a torneira de fundos estruturais fechada, presos numa economia europeia em crise, com uma dívida pública e externa astronómica crescente, com uma economia interna frágil, asfixiada por uma máquina fiscal pesada e um estado que quer ser social mas que nem sempre honra os seus compromissos, com uma classe política que não se entende estrategicamente... só há uma única saída para Portugal:

EXPORTAR!

Há 500 anos quando avançámos mar fora à procura de novos mundos... suspeito que devemos ter passado por uma crise semelhante... e que fomos à aventura!
Temos hoje alguns recursos humanos qualificados, algum turismo, alguma indústria e alguma agricultura de qualidade, algumas empresas de tecnologia competitivas, algumas boas infraestruturas de transportes e comunicações, alguma independência energética e somos respeitados como um povo de confiança em muitos países do mundo.
Somos engenhosos, trabalhadores e criativos.

Força Portugal! 

PS: E se possível evitar ao máximo as importações e preferir produtos e serviços de elevada incorporação nacional

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Os 3 vírus lusitanos

Acredito que os portugueses são um dos melhores povos do mundo. As suas maiores qualidades são também os seus maiores defeitos. Há três grandes qualidades/defeitos, a que chamei vírus, que infectam os nossos amados concidadãos. Estou convencido que se conseguirmos curá-los um pouco mais, pois não precisamos de os tratar totalmente (senão isto ficava sem graça), conseguiremos bater-nos no novo espaço económico e social global com muito maior dignidade e respeito.

Tolerância
Somos um povo que tolera tudo desde os roubos constantes de alguns dos seus líderes políticos, económicos, desportivos, sociais ou religiosos até aos simples atrasos no início de reuniões ou encontros. Esta tolerância parece vir de uma cultura religiosa secular que apela ao sofrimento como via para a salvação e de uma fraca auto-estima imposta por uma cultura maternal de muitas décadas centrada na imagem de Nossa Senhora de Fátima.  
Claro que o "chico-esperto" é uma espécie que germina, desenvolve-se e progride muito facilmente neste tipo de ambientes de ampla tolerância. Ele não conhece as regras de conduta de respeito pelos outros seres humanos, pela natureza, pelo compromisso e pelo atendimento por ordem de chegada. Ele acha que é mais importante que os outros e, por isso, tem o direito de passar à frente, chegar atrasado ou não pagar o que deve na hora combinada. Até o chico-esperto quando está distraído, também é tolerante e deixa os outros passarem à frente. Coitado! Vai com pressa! E, mais incrível ainda, há até muito português que elogia o chico-esperto pela sua venenosa dinâmica dizendo que "É um tipo muito mexido, desenrascado e muito rápido...!"
A existência do chico-esperto é uma dos principais causas de desconfiança entre os portugueses e pela sua grande dificuldade de formar associações empresariais fortes de grande dimensão internacional e também pela fraca produtividade das organizações, do Estado e da sociedade em geral. As decisões são sempre a medo até... se ver o que vai dar porque... o outro pode falhar... e nada lhe acontece...
Fora do seu país, o português trabalhador e cumpridor de regras progride muito mais facilmente e consegue, normalmente, formar ou liderar grandes organizações e projectos. Em Portugal as coisas têm melhorado bastante nos últimos anos mas o chico-esperto continua ainda com muitas oportunidades!
Atenção que o vírus da tolerância é muito tolerado e até muito querido de todos nós. Por isso, mesmo vivendo por muitos anos no estrangeiro, quase todos os portugueses têm aquela inexplicável saudade de voltar à casa mãe. 

Anti-denúncia
Em muitos países ditos evoluídos existe uma forte cultura de denúncia. Eles acreditam que se alguém faz alguma coisa fora das regras definidas é uma ameaça à sociedade. Um pai a bater num filho é motivo de denúncia. Um carro mal estacionado é motivo de denúncia. Um indivíduo que não paga impostos é motivo de denúncia. E a justiça, após registo mínimo das provas, é executada sem tolerância. Claro que, nestes países com esta característica cultural, há sempre alguns inocentes apanhados injustamente mas, normalmente, a excepção confirma a regra.
Nós portugueses, pelo contrário, temos uma aversão visceral à denúncia. Parece vir de um trauma criado pela antiga polícia política (PIDE) que ainda não conseguimos ultrapassar. Por isso não conseguimos bufar ou, como dizem os jovens, não somos capazes de nos chibar. Tudo o que se passa fica no segredo dos deuses. Quando alguém tem a coragem de denunciar alguém é algo tão estranho que até se desconfia mais do denunciador que do denunciado.
Claro que ficamos incomodados quando presenciamos algo que vai contra os nossos princípios e por isso, a nossa forma de libertar esse stress é gritando com tudo e todos à nossa volta, com o caixa do supermercado, com o cônjuge, com os filhos, com os políticos, com o árbitro mas nunca com a pessoa ou entidade certa. Temos a convicção que, por causa do vírus da tolerância, essa pessoa ou entidade não vai fazer nada mesmo que a gente preencha devidamente o livro de reclamações.

Prémio ao esforço
Coitado ele até se esforçou. Isso é que interessa. Se conseguiu ou não o objectivo isso não importa, pois se ele continuar a esforçar-se, um dia vai conseguir.
Esta crença nacional é o principal vírus responsável pelas derrotas do nosso futebol nas finais internacionais, especialmente com equipas do Norte da Europa. Temos o controle da bola, corremos o campo em grande velocidade de lado a lado, quase que marcamos muitos golos mas... infelizmente... no último minuto eles, com a maior frieza, marcam 2 seguidos e lá voltamos nós a chorar para casa, com milhares de fãs solidários, à nossa espera no aeroporto, a aplaudirem o nosso esforço.
Parece que só sentimos que merecemos ganhar se a vitória for sofrida e fazemos tudo nesse sentido. Uma vitória sem esforço não nos sabe muito bem. O nosso coração de ouro parece sofrer com a derrota alheia. Vista por este prisma esta é uma grande qualidade do nosso povo.
Este é o principal vírus em muitas empresas nacionais que primam pelos fracos resultados apesar de os seus trabalhadores trabalharem noite e dia sem parar.
Este é também o vírus responsável por tanta burocracia em algumas áreas.
Acreditamos todos que se nos esforçarmos mais vamos conseguir mais prosperidade no futuro enquanto outros povos, como os alemães, por exemplo, acreditam que se cumprirem mais objectivos, esforçando-se menos, conseguirão uma melhor qualidade de vida no futuro. Premeiam os objectivos conseguidos.
Nós merecemos ser mais felizes com menos esforço. É para isso que servem as tecnologias. Só é preciso um pouco mais de organização e menos burocracia.

Em resumo, o que isto tudo quer dizer é que, dada a nossa grande capacidade de trabalho, energia e criatividade, basta apenas curarmos um pouco estes nossos vírus para sermos ainda melhores!

Vivam os portugueses!


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Vamos criar um indicador de Compras do Estado ao Estrangeiro (CEE)?


QUANTO GASTA O ESTADO POR ANO EM COMPRAS AO ESTRANGEIRO?
Aqui vai uma ideia: Indicador do INE, de conhecimento público, do valor e da evolução do valor das compras de produtos e serviços que o Estado faz por ano ao estrangeiro. A grave crise que atravessamos deve-se ao excesso de dívida EXTERNA e pública que acumulámos nas últimas décadas, Pede-se aos portugueses que comprem nacional. E O ESTADO?

Claro que qualquer proteccionismo não é uma coisa boa para a economia mas, numa situação de endividamento excessivo (a nossa dívida externa é superior à do Brasil e à da China, ... EM VALOR ABSOLUTO!!! ver no link http://www.indexmundi.com/map/?v=94&l=pt) com intervenção da Troika, com juros incomportáveis, sem financiamento dos mercados financeiros internacionais ... se não queremos perder (ainda mais) a nossa independência nacional e sair com dignidade desta situação de mendigos, tão humilhante... parece-me que temos que ter a inteligência económica de Emergência que a situação exige: 
Aumentar Exportações, Diminuir Importações e Reduzir o que pudermos nos custos do Estado.
Aumentar Exportações compete essencialmente às empresas (com o maior apoio possível do Estado) e parece que estamos a fazer bons progressos nesse domínio nos últimos tempos. Mas, Diminuir Importações, compete a todos nós. Porque vivemos num mercado aberto à livre concorrência não se pode decretar a proibição de importações ou criar alguma espécie de protecção aos produtos nacionais no mercado privado e nos atos de aprovisionamento público. Mas, dada a grave situação económica recessiva que se vive, foram postas em marcha várias campanhas a promover a compra do que é nacional.
E as compras do Estado? Como é? Alguém sabe QUANTO GASTA O ESTADO POR ANO EM COMPRAS AO ESTRANGEIRO? E como está a evoluir esse indicador?
Podíamos chamar-lhe CEE - Compras do Estado ao Estrangeiro.
Deixo aqui esta ideia para quem a quiser aplicar no seu organismo público ou mesmo criar uma campanha nacional com o envolvimento do INE. Não vou cobrar direitos de autor pois se Portugal melhorar eu também serei compensado.
Obrigado! :)