quarta-feira, 4 de junho de 2025

Extremismos, a ditadura do marketing e a guerra

 


Numa farmácia perto de mim há agora quase tantos lugares de estacionamento para deficientes do que para pessoas normais. E isto é novo. E muito estranho.

Uma coisa é ter lugares de estacionamento para deficientes pois isso é um sinal de solidariedade e humanidade das sociedades mais evoluídas. Outra coisa é esse número de lugares ser semelhante ao dos lugares normais. E isso é insanidade extremista.

Vivemos tempos estranhos em que uma democracia supostamente evoluída está a dar um tal protagonismo às minorias que as pessoas da maioria se sentem como se fossem a minoria. E o marketing perverso é a ferramenta para que uma maioria aceite isto sem questionar.

Quando as instituições públicas apoiam ou promovem a construção de uma mesquita ou um evento de minorias, por exemplo de "Orgulho gay" as pessoas normais, heterossexuais, cristãs, a grande maioria, ficam com a sensação que um dia terão que ser gays ou muçulmanos para serem alguém importante na vida. E isso é marketing insano.

Uma coisa é respeitar as minorias. E criar as condições para que essas minorias vivam felizes no meio da sociedade. Outra coisa é promover essas minorias de forma a criar uma elite dominante. E isso é o princípio da ditadura. Por este caminho, um dia ainda nos dirão que, se não formos deficientes, não podemos ser ministros.

Tradicionalmente foi sempre a esquerda a defender os direitos das minorias ou dos mais vulneráveis dentro dos sistemas autocráticos. E isso foi uma coisa boa, Para os deficientes, para os animais, para os velhos, mulheres e crianças, para os negros, indigenas, judeus ou ciganos, etc. Mas o que está a acontecer é um extremismo insano ao se idolatrar esses grupos de tal forma que, se não pertencermos a uma dessas minorias ou etnias, não seremos ninguém. E ai de alguém que ouse contestar esta ideia, pois será apelidado de fascista ou de louco. Exatamente o mesmo que se passava antigamente no tempo do Estado Novo em que, qualquer pessoa que ousasse exprimir uma opinião contrária ao sistema, era acusado de comunista.

Agora assistimos às forças de direita a contrariar essa insanidade. E isso é uma coisa boa. Mas o preço a pagar, no extremo, será voltarmos a olhar os outros, diferentes de nós, como ameaças à nossa segurança. E isso é o que está na base de todas as guerras. A não ser que esta nova direita (que a esquerda apelida de extremista e fascista) possa trazer de volta a liberdade de expressão, as negociações de paz e o respeito pela maioria pura (não envenenada pelo marketing).

É muito interessante esta roda da dualidade, onde uma coisa que parece boa, deixa de ser boa quando se leva ao extremo. Como aquela velha definição de veneno: "qualquer coisa boa consumida em excesso".

A ditadura do marketing venenoso pode levar a extremismos e à guerra. 

Esperemos que uma nova força política de maior bom senso impere. E que os lugares de estacionamento para pessoas normais sejam em maioria.

Questionemos saudavelmente tudo o que nos dizem e pressionam para fazer, de uma forma persistente.

Conversemos serenamente com tolerância, dando voz ao contraditório.

Evoluamos em paz.